Breve Histórico
A esquistossomose é uma doença conhecida desde a antiguidade. O exame de múmias no antigo Egito já revelou lesões causadas pela doença.
No Brasil, a transmissão da doença teve início com a chegada de escravos africanos que se localizaram em áreas onde existia o caramujo planorbídeo.
O que é a Esquistossomose
Doença causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni. No Brasil, principalmente na região nordeste, essa doença de origem parasitária, ou seja, a sua contaminação se dá por meio de um parasita, é popurlamente conhecida como "barriga d'água", "xitose", "doença dos caramujos" etc.
Figura 1. Representação ilustrativa do parasita dentro do hospedeiro. (Fonte da imagem: Toda Matéria) |
Agente Etiológico
No Brasil, o agente causador da esquistossomose é o Shistosoma mansoni. O S. mansoni nasce do ovo, do qual sai a larva chamada miracídio, que penetra no hospedeiro intermediário, esse sendo os caramujos que vivem em looais de água doce. Do caramujo saem milhares de cercárias que penetram no ser humano e se transformam em vermes adultos. Esses vermes adultos vivem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do humano doente. O macho mede aproximadamente 10mm de cumprimento e a fêmea 14mm e vivem em constante acasalamento.
Em média, o seu período de incubação é de 2 a 6 semanas após a infecção.
Figura 2. Miracídio, larva do Schistosoma mansoni. (Fonte da imagem: UNICAMP) |
Transmissão
As fezes de pessoas doentes contêm ovos do verme, se essas pessoas fazem suas necessidades no chão a chuva carrega os ovos para os rios, lagoas e vielas. Na água, desses ovos eclodem pequenas larvas (miracídios). Os miracídeos penetram no corpo de caramujos que vivem nas margens de açudes, riachos e valas de hortas. No corpo do caramujo, cada larva se transforma em milhares de larvas menores (cercárias). As cercárias abandonam o caramujo procurando novamente a água. Essas larvas cercárias entram no corpo de pessoas pela pele quando tomam banho, lavam roupa ou simplesmente possuem contato com água contaminada. Dentro do corpo essas larvas são levadas pela corrente sanguínea onde agem diretamente no fígado e no intestino.
Meios de prevenção
A prevenção da esquistossomose baseia-se em medidas de saneamento básico para todos, já que essa patologia se dá devido as más condições de higiene do homem, assim combatendo não só essa doença, mas sim muitas outras, além de garantir um serviço básico de atenção a população.
Diagnóstico
É feito um exame de fezes do paciente pelo qual é constatada a presença do ovo do Shistosoma mansoni. Existem ainda outros métodos laboratoriais para o diagnóstico da doença, como a intradermo reação.
Tratamento
Existem medicamentos específicos para o tratamento e cura do doente de esquistossomose, para os casos simples da doença apenas uma dose única e supervisionada por um médico feita pelo medicamento praziquantel, é o suficiente, já nos casos graves da doença é necessária internação hospitalar ou tratamento cirúrgico, conforme cada caso. É importante que seja verificado se houve a cura através da repetição do exame de fezes 6 meses após o tratamento.
O tratamento dos doentes é feito gratuitamente pelos Centros de Saúde do SUS.
Já os medicamentos caseiros são ineficazes e prejudiciais a saúde do paciente.
Os medicamentos específicos também se tomados em dosagens inadequadas podem causar problemas e não promoverem a cura do doente.
Retardando o tratamento a doença pode ter complicações mais graves como a ascite, popularmente conhecida como "barriga d'água".
Informações Epidemiológicas sobre a Esquistossomose no Ceará
No último boletim epidemiológico da doença publicado em 2016 pela Secretária de Saúde do estado diz que no Ceará, o Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) é realizado desde 1977, em 71 dos 184 dos municípios do estado. No período de 2010 a 2015 foram realizados 171.927 exames, que destes em 0,28% dos pacientes detectou-se infecção por Schistosoma mansoni.
REFERENCIAS
Portal da Saúde. Descrição da Doença. Disponível em: <http://www.portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/656-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/esquistossomose/11240-descricao-da-doenca>. Acesso em: 28 de set. de 2020.
Secretária da Saúde do Estado do Ceará. Boletim Epidemiológico - Esquistossomose. Governo do Estado: Ceará, 2016. Disponível em: <http://www.saude.ce.gov.br/index.php/boletins?download=2615%3Aboletim-epidemiologico-esquistossomose-13-de-outubro-de-2016>. PDF. Acesso em: 28 de set. de 2020.
Vigilância Epidemiológica. Agravos de Notificação Compulsória - ESQUISTOSSOMOSE. Disponível em: <http://www,charqueadas.rs.gov.br/vigilancia/vig_epi/agravos/esquistossomose.htm>. Acesso em: 28 de set. de 2020.
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